Ministério da Saúde avalia terceira dose para pessoas que tomaram a CoronaVac
- Dra Helena Villela Rosa

- 2 de ago. de 2021
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O Ministério da Saúde encomendou pesquisa para analisar a efetividade de uma terceira dose de vacina contra a Covid-19 para quem tomou CoronaVac, informou o jornal O Globo. Realizada em parceria com a Universidade de Oxford, o resultado deve começar a ficar pronto em novembro. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira em conversa com jornalistas. “(O estudo) é para avaliar reforço em indivíduos que tomaram primeira e segunda dose da CoronaVac. Por que isso? Porque (para) essa vacina nós não temos uma publicação na literatura detalhada acerca da sua efetividade. Todas as respostas precisam ser dadas a partir de ensaios clínicos”, afirma o ministro Marcelo Queiroga. Ainda não há estudos conclusivos sobre a duração da proteção da CoronaVac, da Sinovac Biotech com o Instituto Butantan. A empresa e o centro de pesquisa não participarão do estudo. “Para a vacina da Pfizer, de Oxford/AstraZeneca e da Janssen, já existem publicações mostrando realmente proteção em até um ano. Em relação à CoronaVac, nós precisamos avaliar isso. Existem estudos que já mostram que a proteção começa a cair com seis meses”, conta a pesquisadora da Universidade de Oxford e coordenadora do estudo, Sue Ann Costa Clemmens. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que é “ótimo” que o governo federal esteja preocupado com o assunto, mas criticou o fato de não ter sido avisado previamente. Segundo o diretor do Butantan, o próprio instituto prevê conduzir uma análise de necessidade de terceira dose no estudo que está fazendo em Serrana, cidade do interior de São Paulo em que todos os adultos foram imunizados. Além de avaliar o tempo de proteção conferido pela CoronaVac, a pesquisa também ajudará a analisar a intercambialidade de vacinas, isto é, a mistura de doses fabricadas por diferentes laboratórios. O estudo deve começar daqui a duas semanas. Ao todo, serão 1.200 voluntários em São Paulo, junto à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e em Salvador, com o Hospital São Rafael. Poderão participar pessoas que já receberam duas doses de Coronavac há pelo menos seis meses. Os participantes serão divididos em grupos por idade — de 18 a 59 anos e acima de 60 — e por dose de reforço. (Fonte: NK Consultores)

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